Como Aumentar a Vida Útil da Bateria

 

COMO AUMENTAR A VIDA UTIL DA BATERIA

 

 

 

Vida para baterias recarregáveis é a duração com um desempenho satisfatório, medido em anos ou no número de ciclos de carga e descarga. Considera-se uma bateria com desempenho satisfatório, aquela que é capaz de entregar pelo menos 80% de sua capacidade nominal.

Nesse capítulo examinaremos como o tempo de autonomia de um equipamento portátil pode não ser alcançado, especialmente após a bateria ter envelhecido e o que se pode fazer para prologar a vida das baterias.

Listamos os motivos que afetam o desempenho das baterias ao longo do tempo de utilização e quais os cuidados que prologam a vida delas.

 

 

 

A quantidade de carga que uma bateria pode reter diminui gradualmente devido ao uso, envelhecimento e com algumas químicas com a falta de manutenção.

Especificada para fornecer aproximadamente 100% da capacidade quando nova, a bateria eventualmente requer substituição quando a capacidade cai para o nível de 60 a 70%. O limiar de garantia é tipicamente de 80%.

O armazenamento de energia de uma bateria pode ser dividido em três seções imaginárias consistindo em energia disponível, zona vazia (que pode ser utilizada novamente) e zona inutilizada.

A figura a seguir ilustra essas três seções da bateria.

 

Figura 1 - Zona inutilizável das baterias

 

Em baterias à base de níquel, a zona inutilizada pode estar na forma de uma formação cristalina, também chamada de memória.

Um ciclo profundo pode frequentemente restaurar a capacidade para serviço completo.

A perda de aceitação de carga de baterias de Li-Ion e lítio-polímero é devida à oxidação da célula, que ocorre naturalmente durante o uso e como parte do envelhecimento.

A perda de capacidade é permanente porque os metais usados nas células são feitos para funcionarem por um tempo específico e estão sendo consumidos durantes seus tempos de serviço.

A degradação do desempenho da bateria de chumbo-ácido é frequentemente causada por sulfatação, uma fina camada que se forma nas placas negativas das células, que inibem o fluxo de corrente. Além disso, existe uma corrosão da grade que se inicia na placa positiva.

 

 

 

A resistência interna, também conhecida como impedância, determina o desempenho e o tempo de vida da bateria. Se medida com um sinal AC, a resistência interna da bateria é também chamada de impedância. A alta resistência interna corta o fluxo de energia da bateria para o equipamento.

Enquanto uma bateria com resistência interna baixa pode entregar corrente alta quando exigida, uma bateria com alta resistência “desmorona” com corrente pesada.

Embora a bateria possa reter capacidade suficiente, a tensão cai para a linha de interrupção e o indicador de “bateria fraca” é acionado. O equipamento para de funcionar e a energia que permanece não é entregue.

Uma bateria com baixa impedância fornece fluxo irrestrito de corrente e entrega toda a energia disponível. Uma bateria com impedância elevada não pode entregar toda a energia levando o equipamento a parar de funcionar prematuramente. A figura a seguir ilustra os efeitos da impedância na carga da bateria.

 

Figura 2 - Influência da resistência na corrente

 

A bateria de NiCd tem a menor resistência interna de todos os sistemas de baterias comerciais, até após fornecer 1000 ciclos. Em comparação, a bateria de NiMh começa com uma resistência superficialmente maior e as leituras aumentam rapidamente após 300 a 400 ciclos.

Manter uma bateria com baixa resistência interna é importante, especialmente com dispositivos digitais. Falta de manutenção em baterias à base de níquel pode aumentar a resistência interna. Leituras de mais que o dobro da resistência normal têm sido observadas em baterias mal cuidadas. O recondicionamento livra as placas das células de formações cristalinas indesejáveis e restaura o fluxo de corrente adequado.

A bateria de Li-Ion oferece características de resistência interna que estão entre as de NiMh e NiCd. O uso não contribui muito para o aumento da resistência, mas o envelhecimento contribui.

Armazenar em local fresco e manter a bateria em um estado parcialmente carregado, quando não estiver sendo usada, retarda o processo de envelhecimento.

A resistência interna das baterias de Li-Ion não pode ser melhorada com carga/descarga. A oxidação da célula, que causa alta resistência, é irreversível. A causa final de falha é a alta resistência interna. Energia pode ainda estar presente na bateria, mas não poderá ser entregue por muito tempo devido à condutividade pobre.

Com esforço e paciência, baterias de chumbo-ácido podem às vezes ser melhoradas por carga/descarga, ou aplicando uma carga de pico ou de equalização.

Similar a uma bola macia que se deforma quando apertada, a tensão de uma bateria com alta resistência interna modula a tensão de fornecimento. Os pulsos de corrente empurram a tensão em direção à linha de fim de descarga, resultando em uma interrupção prematura.

Quando se mede a tensão da bateria com um voltímetro depois que o equipamento tiver interrompido e a carga tiver sido removida, a tensão terminal comumente se recupera e a leitura de tensão parece normal. Medir a tensão terminal aberta é um método não confiável para estabelecer o estado da carga da bateria.

Uma bateria com alta impedância pode funcionar bem se descarregada com uma corrente baixa, tal como uma lanterna, um toca CDs portátil ou um relógio de parede. Com carga reduzida, virtualmente toda a energia armazenada pode ser recuperada e a deficiência devida à alta impedância é camuflada.

A resistência interna de uma bateria pode ser medida com medidores de impedância. Vários métodos estão disponíveis, porém o mais comum é aplicar cargas DC e sinais AC. O método AC pode ser feito com diferentes frequências.

Dependendo do nível de perda de capacidade, cada técnica fornece leituras um pouco diferentes. Em uma boa bateria, as medições são razoavelmente próximas; em uma bateria fraca, as leituras entre os métodos podem dispersar mais drasticamente.

Analisadores de bateria modernos oferecem medições de resistência interna como um teste rápido de bateria. Tais testes podem identificar baterias que falhariam devido à alta resistência interna, apesar da capacidade poder ainda ser aceitável.

 

 

 

Todas as baterias exibem certa quantidade de autodescarga; a maior é vista em baterias à base de níquel. Como regra, uma bateria à base de níquel descarrega 10 a 15% da sua capacidade nas primeiras 24 horas depois da carga, seguido por 10 a 15% a cada mês após isso.

A autodescarga na bateria de Li-Ion é mais baixa comparada aos sistemas à base de níquel. A bateria de Li-Ion se autodescarrega aproximadamente 5% nas primeiras 24 horas e 1 a 2% por mês após isso. Adicionar o circuito de proteção aumenta a autodescarga para 10% por mês.

Uma das melhores baterias em termos de autodescarga é o sistema de chumbo-ácido; ela apenas se autodescarrega 5% por mês. Contudo a família de chumbo-ácido tem também a menor densidade de energia entre os atuais sistemas de energia. Isso torna o sistema inadequado para a maioria das aplicações portáteis.

Em altas temperaturas, a autodescarga aumenta em todas as químicas de baterias. Tipicamente, a taxa dobra a cada 10°C.

Grandes perdas de energia ocorrem através da autodescarga se uma bateria é deixada em um veículo quente. Em algumas baterias mais antigas, a energia armazenada pode ir embora durante o curso do dia através da autodescarga.

A autodescarga de uma bateria aumenta com a idade e com o uso. Por exemplo, uma bateria de NiMh é boa para 300 a 400 ciclos, ao passo que uma de NiCd funciona adequadamente acima de 1000 ciclos antes que a autodescarga afete a performance da bateria.

Uma vez que a bateria apresente autodescarga elevada, nenhum remédio está disponível para reverter o efeito. Os fatores que aceleram a autodescarga em baterias à base de níquel são separadores danificados e alta contagem de ciclo, que promove inchaço na célula.

 

Figura 3 – Perda por autodescarga

 

No presente, nenhum teste rápido simples está disponível para medir a autodescarga da bateria. Um analisador de bateria pode ser usado para primeiro ler a capacidade inicial após carga completa, e depois medir a capacidade novamente após um período de descanso de 12 horas.

 

 

 

Alguns equipamentos portáteis não utilizam completamente o espectro de tensão da bateria. O equipamento interrompe antes que a tensão de fim de descarga seja alcançada e alguma energia preciosa da bateria permanece inutilizada.

A ilustração abaixo mostra um equipamento com alta tensão de interrupção.

 

Figura 4 - Interrupção precoce

 

O problema da interrupção de tensão é mais comum do que é comumente suposto.

Por exemplo, certa marca de telefone celular que é alimentado com uma bateria de Li-Ion de célula simples interrompe a 3,3V. A bateria de Li-Ion pode ser projetada para ser usada a 3V e menos.

Com uma descarga para 3,3V, apenas aproximadamente 70% da esperada capacidade de 100% é utilizada. Outro telefone celular que use baterias de NiMh e NiCd interrompe a 5,7V. As baterias à base de níquel de 5 células são projetadas para descarregar até 5 Volts.

Ao descarregar essas baterias para seus respectivos limiares de fim de descarga, depois de o equipamento ter interrompido, pode-se extrair até 60% de capacidade da bateria. Alta capacidade residual é predominante em baterias que têm resistência interna elevada e são operadas a temperaturas ambientes mornas.

Dispositivos digitais que carregam a bateria com picos de correntes são mais receptivos à interrupção de tensão prematura, do que equipamento analógico.

Em muitos casos o problema de interrupção prematura é induzido por uma célula com baixa tensão. Baixa tensão é frequente em conjuntos de baterias que contém uma célula com um curto-circuito elétrico.

Efeito memória também causa um decréscimo na tensão; contudo, isso está apenas presente em sistemas à base de níquel. Além disso, a temperatura elevada diminui o nível de tensão em todos os sistemas de baterias. A redução de tensão devido a altas temperaturas é temporária e se normaliza uma vez que a bateria se esfrie.

 

 

 

A má combinação das baterias pode ser encontrada tanto em conjuntos novos quanto em conjuntos envelhecidos.

Um controle de qualidade inadequado na fabricação da bateria e combinação inadequada quando se montam packs de baterias, causam conjuntos desequilibrados.

Uma bateria desbalanceada armazena menos capacidade e é descarregada mais rapidamente que uma bateria balanceada. Esse desbalanceamento causa reversão de polaridade em uma célula fraca se a bateria for descarregada abaixo de 1V/célula.

A bateria fraca alcança carga completa primeiramente e entra em uma sobrecarga geradora de calor enquanto uma bateria mais forte ainda aceita carga e permanece fresca.

Em ambas as situações, a bateria fraca está em desvantagem, tornando-a mais fraca e contribuindo para uma condição mais crítica.

Fabricantes de ferramentas de energia escolhem baterias de alta qualidade por causa da sua durabilidade sob duras condições de carga e temperaturas extremas. Baterias mais baratas têm sido tentadas, mas falham prematuramente e a consequente reposição é mais custosa que o investimento inicial.

A capacidade de combinação entre as baterias em um conjunto de baterias deve estar dentro de mais ou menos 2,5%. Existe uma forte correlação entre baterias bem balanceadas e a longevidade do conjunto de baterias.

Baterias à base de lítio possuem tolerâncias de combinação mais severas que as baterias à base de níquel. A combinação justa de todas as baterias do conjunto é especialmente importante em químicas à base de lítio.

Todas as baterias devem alcançar o limiar de tensão de fim de descarga ao mesmo tempo. O ponto de carga completa deve ser alcançado ao mesmo tempo por todas as baterias.

Se as baterias forem desbalanceadas, a bateria mais fraca será descarregada a um ponto de tensão mais baixo antes da interrupção ocorrer.

Na carga, essa bateria mais fraca irá atingir o estado de carga completa antes das outras, fazendo com que a tensão aumente mais que nas baterias mais fortes. Esse balanço de tensão maior colocará indevido esforço na bateria mais fraca.

Cada bateria em um conjunto à base de lítio deve ser monitorada eletronicamente para garantir a apropriada combinação das baterias. Um circuito eletrônico tem que ser adicionado para compensar as diferenças nas tensões da bateria.

A bateria de Li-Ion deve ser controlada abaixo do nível da célula para garantir segurança. Essa química é considerada muito segura, considerando o grande número de baterias de Li-Ion que estão em uso.

 

 

Os fabricantes são incapazes de explicar porque algumas baterias desenvolvem um curto-circuito quando as baterias estão ainda relativamente novas. Há um número de razões possíveis que contribuem para essa forma irreversível de falha da bateria.

Suspeita-se que seja causado por partículas estranhas que contaminam as baterias durante a fabricação. Outra causa possível são manchas ásperas nas placas, que danificam o separador. Melhor controle de qualidade no nível de matéria prima e mínima interface humana durante o processo de fabricação têm reduzido amplamente a taxa de “mortalidade infantil” das baterias recarregáveis.

Reversão da polaridade da bateria causada por descargas profundas também contribui para baterias em curto-circuito. Isso comumente ocorre se uma bateria à base de níquel estiver sendo completamente esvaziada sob uma carga pesada.

Uma bateria de NiCd é projetada com alguma proteção de tensão reversa e uma pequena corrente reversa da grandeza de miliampères pode ser tolerada. Uma alta corrente, contudo, faz com que uma bateria reversamente polarizada desenvolva um curto-circuito permanente. Outra causa de curto-circuito é a deterioração do separador através de uma formação cristalina não controlada.

Aplicar picos momentâneos de alta corrente em uma tentativa de reparar baterias em curto-circuito tem tido sucesso. O curto-circuito pode desaparecer temporariamente, mas o dano ao material do separador permanece. A bateria reparada, geralmente exibe uma autodescarga elevada e o curto-circuito frequentemente retorna.

Substituir uma bateria em curto-circuito em um conjunto envelhecido não é recomendado, a menos que a nova bateria seja combinada com as outras em termos de tensão e capacidade. Senão, um desbalanceamento irá ocorrer. Tentativas de substituir baterias defeituosas em packs de baterias comumente conduzem a falhas em pouco tempo, devido ao desbalanceamento. É melhor não perturbar as baterias em um conjunto de baterias, mas permitir que elas envelheçam naturalmente. Manter as baterias enquanto elas estão ainda em boa condição de funcionamento ajudarão a prevenir falha prematura.

Curtos-circuitos em uma bateria de Li-Ion são incomuns. Circuitos de proteção monitoram uma bateria de Li-Ion “doente” e torna o conjunto inútil se irregularidades de tensão forem detectadas. Carregar tal conjunto geraria calor excessivo (caso o circuito de proteção permita). Os circuitos de controle de temperatura da bateria são projetados para terminar a carga neste caso.

 

 

 

Embora seladas, as células da bateria podem perder um pouco de eletrólito durante sua vida. Perda típica de umidade ocorre se a válvula abre devido à pressão excessiva. Isso ocorre se a bateria for carregada em temperaturas muito baixas ou muito altas.

Uma vez aberta, a válvula das baterias à base de níquel pode nunca mais fechar adequadamente, resultando em um depósito de pó branco em volta da abertura.

Perdas podem também ocorrer se a tampa da bateria não for corretamente lacrada no processo de fabricação.

A perda de eletrólito resulta em uma diminuição da capacidade, um defeito que não pode ser corrigido.

Perda de eletrólito em baterias seladas de chumbo-ácido é um problema que ocorre. A sobrecarga é a principal causa. O ajuste cauteloso de carga e tensões de flutuação reduz a perda de eletrólito.

Uma bateria de Li-Ion corretamente carregada, e adequadamente projetada nunca deve gerar gases. Como resultado, a bateria de Li-Ion não perde eletrólito através da abertura.

Mas apesar do que está sendo dito, as baterias à base de lítio podem gerar uma pressão interna sob certas condições de sobrecarga. Medidas de segurança devem ser tomadas caso isso ocorra.

Algumas baterias incluem um comutador elétrico que se abre se a pressão da célula alcançar um nível crítico. Outras células possuem uma membrana que libera os gases com segurança se houver necessidade. A liberação controlada da pressão previne o inchaço da bateria durante a geração de pressão.

A maioria das características de segurança das baterias à base de lítio é unidirecional; significando que uma vez ativada, as baterias são inoperáveis depois disso. Isso é feito por razões de segurança.

 

 

Os efeitos da formação cristalina são mais nítidos se uma bateria à base de níquel for deixada no carregador por dias ou se for repetidamente recarregada sem uma descarga completa periódica. Desde que a maioria das aplicações não use quase toda energia antes da recarga, uma descarga periódica de 1V por célula (conhecida por “exercício”) é essencial para prevenir a criação da formação cristalina nas placas da célula. Esta manutenção é mais crítica para as baterias de NiCd.

Todas as baterias de NiCd em uso regular e em modo de espera devem ser “exercitadas” uma vez por mês. Entre esses ciclos mensais de exercício, nenhum serviço adicional é necessário.

A bateria de NiMh também é afetada pela memória, mas em um grau menor.

Nenhuma pesquisa científica está disponível que compare NiMh e NiCd em termos de degradação de memória. Também não existem informações à mão que sugiram qual é a quantidade otimizada de manutenção exigida para obter a máxima vida da bateria. Aplicar uma descarga completa a cada três meses parece certo. Por causa do menor ciclo de vida da bateria de NiMh, o  exercício exagerado não é recomendado.

Não é necessário e nem aconselhável descarregar uma bateria recarregável antes de cada carga – ciclos de carga/descarga sucessivos provocam “fadiga na bateria”.

Pesquisas têm mostrado que se nenhum exercício for aplicado em uma NiCd por três meses ou mais, os cristais se enraízam, tornando-se mais difíceis de serem quebrados.

Em tal caso, o exercício já não é mais eficiente para recuperar a bateria e o recondicionamento é exigido. O recondicionamento é uma descarga lenta e profunda que remove a energia restante da bateria drenando as células a uma tensão de limiar de 1V por célula.

Testes realizados pelo Exército Americano mostraram que a bateria de NiCd precisa ser descarregada para no mínimo 0,6 Volts para efetivamente romper a mais resistente formação cristalina. Durante o recondicionamento, a corrente deve ser mantida baixa para prevenir a reversão da bateria.

 

As medidas para prolongar a vida de baterias à base de níquel são:

 

 - Evitar deixar uma bateria à base de níquel em um carregador por mais de um dia após a carga completa ser alcançada;

 - Aplicar mensalmente um ciclo de descarga completa. Abusar da bateria no equipamento pode fazer isso também;

 - Evitar temperaturas elevadas. Um carregador deve apenas elevar a temperatura da bateria por um curto tempo quando alcançar a carga completa, e então a bateria deve se esfriar;

 - Usar carregadores de qualidade para carregar as baterias.

 

 

 

A versão selada da bateria de chumbo-ácido (SLA) é projetada com um baixo potencial de sobretensão para prevenir depleção de água. Consequentemente, os sistemas SLA e a VRLA (Valve Regulated Lead Acid) nunca se carregam completamente e alguma sulfatação se desenvolverá.

Encontrar o limite de tensão de carga ideal para o sistema de chumbo-ácido selado é crítico. Qualquer nível de tensão é um compromisso. Um limite alto de tensão produz um bom desempenho da bateria, mas encurta a vida de serviço devido à corrosão da grade na placa positiva. A corrosão é permanente e não pode ser revertida. Uma baixa tensão preserva o eletrólito e permite carregar em um amplo intervalo de temperatura, mas está sujeito à sulfatação na placa negativa.

Uma vez que a bateria SLA tenha perdido capacidade devido à sulfatação, readquirir seu desempenho é geralmente difícil e consumidora de tempo. O metabolismo da bateria SLA é lento e não pode ser apressado.

Uma indicação sutil em se uma bateria SLA pode ser recuperada é refletida no comportamento da sua tensão de descarga.

Resultados razoavelmente bons em readquirir capacidade perdida são alcançados aplicando-se uma carga adicional no topo de uma carga.

Isso é realizado carregando-se completamente uma bateria SLA, e então a removendo por um período de descanso de 24 a 48 horas e aplicando uma carga novamente. Isso é repetido várias vezes, então a capacidade da bateria é checada com uma descarga completa. A SLA é capaz de aceitar um pouco de sobrecarga, contudo uma sobrecarga muito longa pode prejudicar a bateria devido à corrosão e perda de eletrólito.

O efeito de sulfatação da SLA plástica pode ser invertido aplicando-se uma sobretensão de até 2,50V por célula por uma a duas horas.

Durante esse tempo, a bateria deve ser mantida fresca e uma observação cuidadosa é necessária. Uma atenção extrema é exigida para não elevar a pressão da bateria para o ponto de abertura.

A maioria das baterias plásticas SLA se abre a 34 kPa (5 psi). Abertura da célula faz com que em algumas SLA a membrana se rompa permanentemente. Os gases que escapam não somente esvaziam o eletrólito como também são altamente inflamáveis.

A bateria VRLA usa um sistema autorregulável de abertura de bateria, que abre e fecha as células baseado na pressão da célula. Mudanças na pressão atmosférica contribuem para a abertura da bateria. Ventilação apropriada da sala de baterias é essencial para prevenir a acumulação de gás hidrogênio.

Melhorar a capacidade de uma SLA antiga por carga/descarga é na maioria das vezes mal sucedida. Tal bateria pode simplesmente estar desgastada. Carregar/descarregar apenas reduziria a bateria futuramente. Ao contrário das baterias à base de níquel, a bateria de chumbo-ácido não é afetada por memória.

Baterias SLA comumente se descarregam em 20 horas. Mesmo a uma taxa lenta, a capacidade de 100% é difícil de obter. Por razões práticas, a maioria dos analisadores de baterias usa uma descarga de 5 horas quando utilizam baterias de SLA. Isso tipicamente produz 80 a 90% da capacidade avaliada.

Quando se carregar uma SLA com sobretensão, um limitador de corrente deve ser aplicado para proteger a bateria. Sempre se deve ajustar o limite de corrente para a menor configuração prática e observar a tensão da bateria e temperatura durante a carga. Isso previna a abertura da célula.

Em caso de ruptura, eletrólito vazando ou qualquer outra causa de exposição ao eletrólito, jogar água imediatamente. Caso haja contato com os olhos, jogar água por 15 minutos e consultar um médico imediatamente.

 

As medidas para prolongar a vida de baterias à base de chumbo são:

 

 - Sempre manter a SLA carregada. Nunca armazenar abaixo de 2,10V por célula;

 - Evitar repetidas descargas profundas. Carregar mais frequentemente;

 - Se repetidas descargas profundas não puderem ser evitadas, usar uma bateria maior para aliviar o esforço;

 - Prevenir sulfatação e corrosão da grade escolhendo a carga correta e tensões flutuantes.

 

 

 

Pesquisas atuais de baterias são bem focadas em químicas de lítio, a ponto de que se possa assumir que todas as futuras baterias serão de sistemas de lítio. Baterias à base de lítio oferecem muitas vantagens sobre os sistemas à base de níquel e chumbo. Embora livre de manutenção, nenhum serviço externo é conhecido que possa restaurar o desempenho da bateria, uma vez degradada.

Em muitas circunstâncias, a bateria de Li-Ion fornece um serviço superior às outras químicas, mas o seu desempenho é limitado a um definido tempo de vida. O desgaste nas baterias à base de lítio é causado por dois fatores: uso e envelhecimento. Os efeitos de desgaste por uso e envelhecimento se aplicam a todas as baterias, mas é mais nítido nos sistemas à base de lítio.

As baterias de Li-Ion preferem uma descarga rasa. Descargas parciais produzem menos desgaste que uma descarga completa e a perda de capacidade por ciclo é reduzida. Uma descarga completa periódica não é exigida porque a bateria à base de lítio não tem memória.

Um ciclo completo constitui uma descarga até 3V por célula. Quando especificam o número de ciclos que uma bateria à base de lítio pode resistir, os fabricantes comumente usam uma profundidade de descarga de 80%. Esse método se assemelha a uma simulação de campo razoavelmente precisa. Esse método também realiza uma contagem de ciclo maior do que se fazendo descargas completas.

Ainda com relação à carga/descarga (ciclagem), a bateria envelhece mesmo se não usada. A quantidade de perda de capacidade que a bateria sofre durante o armazenamento é administrada pelo estado de carga e temperatura. Para melhores resultados, se deve manter a bateria fresca.

Além disso, se deve armazenar a bateria um nível de carga de 40%. Nunca carregar completamente ou descarregar a bateria antes de armazená-la.

Os 40% de carga garantem uma condição estável até se a autodescarga roubar um pouco da energia da bateria. A maioria dos fabricantes de baterias armazena as baterias de Li-Ion a 15°C e a 40% de carga.

 

As medidas para prolongar a vida de baterias à base de chumbo são:

 

 - Carregar a bateria de Li-Ion frequentemente, exceto antes de um longo armazenamento. Evitar repetidas descargas profundas;

 - Manter a bateria de Li-Ion fresca. Evitar armazenar a bateria em um carro quente. Nunca congelar uma bateria;

 - Evitar comprar baterias sobressalentes (de reserva) de Li-Ion para uso futuro.

Observar a data de fabricação quando comprar baterias Li-Ion. Não comprar estoque velho, mesmo se vendido a preços baixíssimos.