Efeito Memória em Baterias

 

EFEITO MEMÓRIA EM BATERIAS

 

 

Efeito Memória em Baterias

 

 

Indica uma característica das baterias NiCd mais antigas. Quando não eram descarregadas completamente até o limite inferior de tensão, nas descargas subsequentes perdiam parte de sua capacidade. É como se a bateria ficasse viciada em fornecer menos energia.

Melhorias na tecnologia da bateria têm praticamente eliminado esse fenômeno. Testes realizados em laboratórios mostram que o efeito memória nas baterias de NiCd mais modernas é tão pequeno que só pode ser detectado apenas com instrumentos sensíveis. Após a mesma bateria ser descarregada em diferentes intervalos de tempo, o efeito memória não foi mais observado.

O problema com a bateria à base de níquel não é o efeito memória, mas sim os efeitos da formação cristalina. Existem outros fatores envolvidos que causam degeneração de uma bateria. Por clareza e simplicidade, usamos a palavra “memória” para indicar a perda de capacidade em baterias à base de níquel que são reversíveis.

O cádmio de uma bateria NiCd está presente em cristais finos. Em uma boa bateria, esses cristais permanecem finos, obtendo uma área máxima de superfície. Quando o efeito memória ocorre, os cristais crescem e reduzem drasticamente a área da superfície. O resultado é uma depressão da tensão, que conduz a uma perda da capacidade.

Em estágios avançados, os cantos afiados dos cristais podem crescer através do separador, causando elevada autodescarga ou um curto-circuito.

Outra forma de memória que ocorre em algumas baterias de NiCd é a formação de um composto intermetálico de níquel e cádmio, criando resistência extra na bateria.

Recondicionamento por descarga profunda ajuda a romper esse composto e reverte a perda da capacidade. Os materiais ativos que não são carregados ou descarregados têm suas características físicas alteradas causando um aumento de resistência. Ciclos completos de carga/descarga irão restaurar os materiais ativos para seus estados originais.

Quando a bateria de NiMh foi introduzida havia muita publicidade sobre ser  livre de efeito memória. Hoje, sabe-se que essa química também sofre de memória, mas não tanto quanto a de NiCd. A placa positiva de níquel, um metal que é compartilhado por ambas as químicas, é responsável pela formação cristalina.

Além da atividade de formação de cristais na placa positiva, a bateria de NiCd também desenvolve cristais na placa negativa de cádmio. Porque ambas as placas são afetadas pela formação cristalina, a bateria de NiCd requer ciclos de descarga mais frequentes que a bateria de NiMh. Isto é uma explicação do porque a bateria de NiCd é mais propensa à memória que a de NiMh.

Baterias de lítio e à base de chumbo não são afetadas pelo efeito memória, mas essas químicas têm suas próprias peculiaridades. Camadas inibidoras de corrente afetam ambas as químicas – oxidação da placa na bateria de lítio e a sulfatação e corrosão nos sistemas de chumbo-ácido.

Esses efeitos degenerativos não são corrigíveis no sistema à base de lítio e apenas parcialmente reversíveis no de chumbo-ácido.