CUIDADOS AO LIGAR BATERIAS EM PARALELO
Uma nota importante de segurança: antes de se conectar qualquer célula ou baterias em paralelo, deve-se garantir que elas tenham tensões quase idênticas.
Se as tensões são muito diferentes, isto significa que uma célula está em um estado maior de carga do que o outro.
Quando se conecta células com tensões diferentes, a célula com tensão maior vai descarregar parte de sua energia nas células que estão com tensão menor.
Se a diferença de carga é grande, a célula mais carregada tentará despejar uma grande quantidade de energia de uma só vez dentro da célula de carga inferior.
Este fluxo de corrente alto irá danificar as duas células e pode resultar em células superaquecidas ou até pegando fogo.
Como exemplo, vamos imaginar que vamos ligar duas baterias em paralelo como mostrado na figura 1.
A primeira bateria está totalmente carregada com 4,2V e a segunda bateria está descarregada com 2,2V.
Vamos supor que as duas baterias tenham uma resistência interna de 10 m ? ou 0,01? (R1 e R2).
Figura 1 - Ligação paralela
Para calcular a corrente inicial (I) utiliza-se a lei de Ohm:
I = (VB1-VB2) / (R1+R2)
I = (4,2-2,2) / (0,01 + 0,01) = 100 A
Essa corrente de 100A irá danificar as duas baterias mesmo que ela dure muito pouco tempo.
Na prática nem sempre a diferença de tensão é tão grande e nem as resistências internas são tão pequenas.
Mas mesmo assim, ao ligar duas baterias em paralelo haverá circulação de corrente até que a tensão entre as baterias seja equalizada.
Para que a corrente inicial seja a mais baixa possível, para que as células não sejam danificadas, certifique-se que as células têm tensões semelhantes ou idênticas antes de conectá-las em paralelo.