Como a Corrente Afeta o Desempenho da Bateria

 

COMO A CORRENTE AFETA O DESEMPENHO DA BATERIA

 

 

Como a Corrente Afeta o Desempenho da Bateria

 

Quanto maior for a corrente de descarga, maiores serão as perdas devidas à resistência interna da bateria. A figura 1, mostra curvas típicas de descarga em diferentes valores de corrente. Em correntes baixas (curva 2), as perdas internas são reduzidas e se consegue manter a tensão da bateria mais constante e se consegue extrair a máxima capacidade dela.

 

No entanto, com períodos de descarga muito longos, a deterioração química durante a descarga pode se tornar um fator que causa uma redução na capacidade. Com o aumento da corrente (curvas 3-5) a tensão de descarga diminui, a inclinação da curva de descarga torna-se mais pronunciada, e a vida útil, bem como a capacidade ampère-hora entregue, são reduzidas.

 

 

Figura 1 – Curvas de descarga em diferentes correntes

 

A figura 2 mostra uma bateria sendo descarregada em correntes progressivamente menores. Conforme a corrente vai diminuindo, a bateria percorre uma curva diferente de tensão. A curva 1 mostra a descarga com corrente mais elevada e a curva 4 mostra a curva com a menor corrente.

 

 

Figura 2 – Curvas de descarga em correntes progressivamente menores
 

 

Existem basicamente três modos de descarga:

 

 - Corrente constante

 - Resistência ou carga constante

 - Potência constante

 

 

Figura 3 – Curvas de descarga em correntes progressivamente menores

 

O modo de descarga de uma bateria, entre outros fatores, pode ter um efeito significativo no desempenho da bateria.

No modo de corrente constante a corrente permanece constante durante a descarga.

 

No modo de resistência constante a resistência da carga permanece constante durante toda a descarga.

A corrente diminui durante a descarga proporcionalmente à diminuição da tensão da bateria.

 

No modo de potência constante a corrente aumenta durante a descarga à medida que a tensão da bateria diminui, descarregando assim a bateria em nível de potência constante.

Se deve notar nas curvas da figura 3 que o tempo de final de descarga (t1, t2 e t3) é diferente dependendo de como bateria é descarregada.

 

 

Temos dois tipos de descarga:

 

 - Contínua

 - Intermitente.

 

Na descarga contínua, não há interrupção até que a bateria chega à sua tensão mínima de trabalho.

 Na descarga intermitente, a bateria é descarregada durante um período de tempo, após o qual a descarga é interrompida, colocando a bateria em estado de repouso ou pausa. Esse processo se repete inúmeras vezes até que a bateria chegue à sua tensão mínima de trabalho.

 

Durante a pausa após uma descarga, certas alterações químicas e físicas ocorrem, o que pode resultar em uma recuperação da tensão da bateria. Assim, a tensão de uma bateria, que caiu durante uma descarga pesada, vai subir após um período de descanso, dando uma curva de descarga em forma de dente de serra, como ilustrado na figura 4.

 

Isso pode resultar em um aumento na vida útil. No entanto, em pausas longas, as perdas de capacidade podem ocorrer devido à auto descarga da bateria. Esta melhoria, resultante da descarga intermitente, é geralmente maior após descargas em correntes mais altas.

 

Além da corrente de descarga, a recuperação da bateria depende de muitos outros fatores, como o sistema de bateria específico e características de construção, temperatura de descarga, tensão final e duração do período de recuperação.

 

Figura 4 – Efeito da descarga intermitente na capacidade da bateria